TEAM GOULART

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21 de outubro de 2011

A MINHA EQUIPE É MINHA FAMÍLIA? OU MINHA FAMÍLIA É A MINHA EQUIPE?

 


            A palavra Família vem do latim "famulus", que significa traduzindo ao pé da letra "escravo doméstico". Este termo foi criado e usado na Roma antiga para determinar que surgiu um novo grupo entre as tribos latinas, e este seria introduzidos a "agricultura", que na época era uma espécie de escravidão legalizada.

           Com o passar dos anos e dos tempos, esse conceito se modificou, e hoje conhecemos a palavra família, como sendo grupo social formado por indivíduos que possuem ancestrais em comum, e são ligados por laços afetivos (by Wikipédia). Este conceito, explica exatamente o que é uma família real, em sua essência, ou seja, a nossa família no momento em que nascemos. 

            Digo isso, por que em minha opinião, conforme o ser humano cresce e convive com outros indivíduos, ele se envolve tanto com outras pessoas e por muitas vezes cria laços afetivos tão fortes que compensam a falta de "ancestrais em comum", com isso cria outros tipos de família. 

            E esses outros tipos de família, são muitas vezes criados e mantidos por dois pilares principais, são eles: "afinidade" e "objetivos em comum", atente-se que não são dois pontos distintos, trata-se da junção desses dois pilares. 
            Defino "Afinidade" como sendo a rapidez no bom relacionamento entre as pessoas, e "objetivo em comum" é algo que duas ou mais pessoas querem atingir. A junção do alto grau de afinidade, misturado a objetivos em comum, faz com que as pessoas se unam, e conseqüentemente formem "famílias". Essas famílias podem ser chamadas de times, grupos, associações, e nas artes marciais principalmente no Jiu-Jitsu figura-se muito a palavra "equipe", que é um conceito extremamente forte, desde a sua origem.
      A primeira equipe Gracie, liderada por Carlos e Helio, além de ser no seu princípio formado apenas por membros da família, com o tempo foi agregando pessoas com quem não tinham laços consangüíneos, mas nem por isso perdeu sua essência, muito pelo contrário, tornou ainda mais forte. Essa cultura estende-se até os dias de hoje, onde as equipes de Jiu-Jitsu são realmente a família de muitos lutadores.
     Isso se da em função principalmente da mudança que a Jiu-Jitsu, causa no atleta, e você praticante que está lendo este texto, já se deparou com inúmeros depoimentos de amigos, conhecidos, e até famosos, que exaltam a nossa arte marcial. O discurso sempre é muito parecido, "...Depois que conheci o Jiu-Jitsu, me tornei outra pessoa...", "...Só me arrependo de uma coisa, não ter começado a praticar antes...", etc... O respeito pregado dentro da academia, o ensinamento das hierarquias, da admiração pelos mais graduados e mais experientes, faz com que o individuo consiga estruturar em sua personalidade alicerces sustentáveis, que servem como base para muitos momentos de sua vida, seja ela dentro ou fora do tatame.
           Em nenhum momento, quero tirar a importância da nossa família real, muito pelo contrário, apesar dessa frase parecer chavão, "a família é a base de tudo", quero apenas fazê-los pensar que em nossas vidas podemos e devemos nos envolver com outras pessoas, essa troca de experiência é vital para que consigamos aproveitar o máximo o que o mundo tem a nos oferecer.
No caso do Jiu-Jitsu, que é um esporte individual, mas não é solitário, você precisa necessariamente de outra pessoa para poder praticar, por isso seus parceiros de treino devem ser considerados pessoas extremamente importantes, e você deve zelar pela sua integridade física (você machucaria um membro da sua família?). O treino deve ser sempre duro, mas nunca ao ponto de lesionar um parceiro, lembre-se se ele não puder treinar, você também não poderá!



Por:
Jaime C. da Luz Jr
Administrador do Blog
Muito Mais Ação - Jiu-Jitsu